segunda-feira, 11 de março de 2013

Notícias - à população e servidores do estado RJ

População começa a pagar "a conta dos royalties"
Governo Cabral bloqueia as bolsas dos estudantes da UERJ.
A população e os servidores, todos juntos, devemos nos preparar para a luta!

Começou a circular hoje, nas redes sociais, o bloqueio das bolsas dos estudantes da UERJ. A medida, de acordo com fontes ligadas à Reitoria da UERJ, foi tomada como consequência da perda dos royalties do petróleo pelo estado do Rio, após votação no Congresso Nacional. É o segundo indício concreto de quem pagará a "conta dos royalties": os serviços públicos, os servidores e a população em geral. Primeiro, Cabral anunciou a suspensão dos pagamentos dos fornecedores, incluindo material hospitalar e a merenda escolar. E agora veio a suspensão das bolsas na UERJ.

Quais serão as próximas medidas? Conforme relatos de direções de escolas da rede estadual, há grande preocupação nos bastidores da SEEDUC de que nem o "reajuste"-esmola de 5,8% prometido, e o pseudo-auxílio-alimentação, serão garantidos. Nós, profissionais da educação do Estado, podemos esperar, com certeza, lamúrias e negativas à nossa, infelizmente, longa pauta de reivindicações, com centro em questões salariais, das carreiras, do fim do Plano de Metas e melhores condições de trabalho.

Se não lutarmos, o fim dos Planos de Carreira está próximo. Como se já não bastasse o Plano de Metas e a lógica da meritocracia, e todas as suas medidas (Certificação, fiscalização do Banco Mundial, bônus por resultados, Novo EJA, etc.), agora o governo Cabral tem mais um "grande motivo" para atacar nossos Planos de Carreira, como já tentou no passado. A falta dos royalties e a suposta "quebra do estado" serão grandes desculpas para acabar com os Planos na lei, diretamente, ou na prática, como já está sendo feito com o arrocho do piso e o Plano de Metas.

Cabral mente sobre a importância dos royalties! Não é verdade que o orçamento do estado é sustentado pelos royalties! Quem sustenta o estado somos nós, a classe trabalhadora em geral, com os impostos que pagamos e com o suor do nosso trabalho explorado. Orçamentos, como da educação, independem dos royalties, ou não deveria, como a folha de pagamento de aposentos/as e pensionistas. Para que, afinal, pagamos o Rio Previdência? Porque que, com tanta verba de royalties, o governo está acabando com o IASERJ, por exemplo? Nem políticas como Bilhete Único se justificam: ao invés de dar grandes subsídios aos mafiosos empresários de ônibus, porque o governo não estatiza as empresas, simplesmente cobrando as imensas dívidas de impostos destes empresário?

Os royalties são apenas uma complementação de verbas, que deveriam ter destinação específica, e que nunca teve: a mitigação dos efeitos da indústria do petróleo. Hoje municípios como Macaé e Campos vivem na grande miséria do crescimento desordenado e da fraca infra-estrutura dos serviços públicos. Para onde foi todo o dinheiro dos royalties, vários e vários bilhões? Esta é a realidade do interior do estado: municípios pobres e prefeituras, e prefeitos/as ricos/as.

Se o orçamento do estado do Rio, a segunda maior arrecadação do Brasil e uma das economias regionais mais dinâmicas, ficou tão dependente de um recurso finito como os royalties, não é culpa do povo fluminense, nem dos serviços e direitos sociais, nem dos servidores. O que fez os governos com os orçamentos ordinários do estado? Desviou tudo para os lucros de empreiteiras, as Deltas e os Cavendish's da vida? Para obras faraônicas, e contestáveis, como do Maracanã? Para as Olimpíadas, num estado com multidões de pobres? Desviou verbas fixas de pagamentos e orçamentos, e cobriu com os royalties, é isso? A culpa é, então, de Cabral, Garotinho, Rosinha e toda corja que governa nosso estado há anos! A população e os servidores não devem pagar esta conta!

ATENÇÃO REDE ESTADUAL!
É hora de dizer o BASTA!
Chega de Plano de Metas, arrocho e destruição!
Não vamos pagar a conta dos royalties!
É hora de construir a GREVE!
Vamos derrotar o Cabral! Unidos, somos fortes!

TODOS E TODAS
NA ASSEMBLEIA GERAL DIA 21/03
E PARALISAÇÃO DE 24 HORAS

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