terça-feira, 28 de agosto de 2012

Ato no Liceu Nilo Peçanha - nesta quarta, 29/08!

Democracia nas escolas - queremos eleger diretores!
Contra a redução e fechamento da rede estadual!
Em defesa da educação pública com qualidade!

Amanhã, a partir de 11:30, acontecerá um protesto no Liceu Nilo Peçanha, no Centro de Niterói, organizado pelos educadores liceístas, para denunciar o processo de esvaziamento e desestruturação que o colégio vem passando.

Segue o panfleto, confeccionado por colegas da escola, mais abaixo.

O Liceu, que já contou com mais de três mil alunos matriculados, está hoje com apenas 1.800, e caíndo. Recentemente, segundo orientação da SEEDUC, o Liceu teve sua cantina fechada, e os alunos ficaram sem acesso a lanches.

Nos últimos três anos, o Liceu já teve quatro diretores diferentes - quase todos indicados pelo governo, sem nenhum vínculo com a comunidade escolar.

No início desse ano, houve superlotação de alunos nas turmas, após processos de "otimização", o que gerou grande descontentamento por parte do corpo discente. Muitos abandonaram a escola.

A perda de alunos vem ocorrendo em toda a rede pública no estado. Segundo recentes estudos do professor Nicholas Davies, da Faculdade de Educação da UFF, a rede estadual do Rio teve uma redução de 27% no número de matrículas (a partir de dados de 2009, oficiais). A situação, atordoante, afeta várias escolas em Niterói mesmo, como o C.E. Joaquim Távora, o C.E. Aurelino Leal, o C.E. Brigadeiro Castriotto, dentre outras. Os profissionais da educação se sentem inseguros, sem saberem bem o que está acontecendo, temendo perderem turmas e até as suas lotações, como tem ocorrido em vários lugares e com vários profissionais. Todas escolas tradicionais da nossa cidade.

A situação não melhorou nos anos mais recentes: também vem ocorrendo o fechamento ou redução drástica de escolas em toda a rede estadual, inclusive as escolas tidas como as "melhores", as que foram bonificadas pelo Plano de Metas. É o caso de escolas como a E.E. São Domingos Sávio e CIEP Antinéia, em Niterói. Em São Gonçalo, das nove escolas bonificadas, quatro estão fechadas.

Em 2006, a rede estadual era composta por 1.732 escolas. Hoje, existem 1.370. Somente o governador Sérgio Cabral fechou ou municipalizou 374 escolas em cinco anos - uma média de 74 unidades escolares fechadas por ano. Um absurdo!



Dia 29/08, quarta-feira, é o dia da visibilidade lésbica!

Dia 31/08, sexta-feira, terá CINE-DEBATE na sede do SEPE-Niterói, às 18h.

Com os vídeos do kit anti-homofobia, vetado por Dilma. E debate sobre a situação das lésbicas na educação e na sociedade. Além disso, mais uma reunião da Secretaria de Gênero e Combate à Homofobia do SEPE-Niterói.


Para contribuir na luta contra as opressões!

PARTICIPE!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Rede estadual: Audiência Pública com Wilson Risolia

Audiência Pública na ALERJ com o secretário Wilson Risolia para prestação de contas da SEEDUC.

A Audiência Pública da Comissão de Educação da ALERJ de prestação de contas da SEEDUC e que contará com a participação do secretário de estado Wilson Risolia, que estava marcada para o dia 30 de agosto, foi adiada para 5 de setembro.

O SEPE irá participar desta audiência, marcada para as 10 horas. Denunciaremos os vários  e graves problemas da educação pública da rede estadual: salas superlotadas, adoecimento, desvalorização, sucateamento, fechamento de escolas, etc. E também as farsas do Plano de Metas e do resultado do IDEB.

A categoria está convidada a participar também! Ninguém melhor que o educador para falar da realidade da educação pública e se bater com a SEEDUC e suas políticas.

REDE MUNICIPAL: Felipe Peixoto se esquiva de pergunta sobre melhorias no PCCS

No dia 24 de agosto passado, última sexta-feira, aconteceu um debate entre os candidatos à Prefeitura de Niterói, organizado pela OAB-Niterói.

O SEPE-Niterói foi convidado a participar com uma representação, e no debate somente as entidades da sociedade civil organizada podiam participar com perguntas, além de veículos de imprensa e a própria OAB. Participaram, representando o SEPE-Niterói e a categoria dos educadores em Niterói, dois dos coordenadores-gerais do núcleo: Diogo Henrique de Oliveira e Maria José Ferreira de Mello.

O SEPE-Niterói buscou, em duas perguntas, expressar alguns dos principais anseios da categoria, e pressionar os candidatos a se comprometerem na defesa das lutas da educação. As perguntas foram:

1 - A educação pública em Niterói, e no Brasil, está em crise, por causa dos baixos investimentos e do sucateamento das redes. Nesse contexto, os educadores adoecem e abandonam a educação pública. E a rede privada aproveita o espaço, e só cresce. Porém, a qualidade geral é desanimadora. Niterói, por sua parte, não investe o necessário, nem os 25% do orçamente conforme exige a lei. Perante esta situação, os candidatos se comprometem em investir pelo menos 30% do orçamento municipal na educação pública, para reverter este cenário? Em caso de greve dos educadores em defesa de suas justas reivindicações, o candidato, como prefeito, cortaria o ponto da categoria em greve?

2 - Os educadores - grupos do magistério e de funcionários - lutam há anos por melhorias no seu Plano de Carreira (PCCS). As principais reivindicações de mudança são: elevação significativa do piso salarial; redução da carga horária dos funcionários para 30 horas; 15% entre-níveis e classes; triênios; incentivos à formação; dentre outras. Os candidatos se comprometem em garantir o atendimento a estas pautas?

A pergunta número 2 foi sorteada e caiu para ser respondida pelo candidato Felipe Peixoto, do PDT, candidato da situação, apoiado por Jorge Roberto Silveira. E a resposta do candidato - se é que pode se chamar de resposta - foi evasiva. Declarou que: "meu gabinete estará aberto ao diálogo com o SEPE e com os educadores". E em seguida mudou de assunto, falando sobre outros assuntos já tocados em perguntas anteriores e respostas de candidatos.

Fica o relato. Cabe uma reflexão dos educadores de Niterói e dos eleitores em geral. Pensar na hora de votar: qual candidato garantirá o necessário para uma educação de qualidade? Levando em consideração a resposta (resposta?) evasiva e suas ligações com a Prefeitura que pouco fez para avançar nas negociações das melhorias do PCCS, parece que Felipe Peixoto não tem este comprometimento.

SEPE-Niterói.

P.s.: O blog do SEPE-Niterói está aberto a resposta sobre o assunto por parte do candidato citado.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Rede estadual.

Redução da carga horária de Filosofia e Sociologia.

Veja a posição do SEPE contra mais um ataque da SEEDUC à educação estadual.

Este texto foi construído em conjunto com profissionais das áreas de Filosofia e Sociologia, denunciando este ataque da SEEDUC contra a educação estadual, com a diminuição da carga horária destas disciplinas.

O SEPE contra a redução da carga horária de Filosofia e Sociologia!

Lembrando as medidas do pavoroso governo militar brasileiro e em sintonia com o pensamento tecnicista e mercadológico do atual governo do estado, desde o início deste ano as disciplinas de Filosofia e Sociologia perderam um tempo de aula em sua carga horária no segundo segmento do ensino médio (2° ano), devido a uma medida governamental (1) que veio a prejudicar estudantes e professores. Vale a pena lembrar que desde que foi instituída a obrigatoriedade dessas disciplinas no ensino médio de todo país, por meio de Lei Federal, o primeiro segmento do médio (1° ano) também tinha sua carga horária reduzida a um único tempo.

Assim, a redução da carga horária operada pela SEEDUC deixou os dois primeiros segmentos do ensino médio amputados. Vale lembrar que os dois anos iniciais do ensino médio são fundamentais para que os estudantes ganhem compreensão de qualidade nestas duas disciplinas, as quais necessitam de tempo para serem desenvolvidas. Milhares de estudantes reduziram seu contato com estas disciplinas de caráter crítico e formativo, e centenas de professores destas matérias ficaram impedidos de lecionar com qualidade devido ao pouco tempo que têm com os estudantes em sala de aula, além de serem, muitas vezes, obrigados a trabalhar em diversas escolas e em tempos fragmentados para completar sua carga horária de trabalho semanal. Há ainda o temor dos professores de que, na virada do próximo ano, a SEEDUC venha a reduzir a carga horária oferecida para o terceiro segmento do ensino médio (3° ano).

O SEPE se coloca contra a redução da carga horária destas disciplinas e na luta pela revisão crítica da grade de horários do ensino médio, que cada vez mais é modificada em prol de interesses mercadológicos e privatistas impostos por sucessivos governos inimigos da educação pública de qualidade.

(1) RESOLUÇÃO SEEDUC N°4746 DE 30 DE NOVEMBRO DE 2011. Diário Oficial, pág.18.

sábado, 18 de agosto de 2012

SEPE-Niterói participará da Parada LGBT de Niterói - 2012

SEPE-Niterói na Parada LGBT de Niterói - 2012!

A Parada será em 19/08, neste domingo, concentração às 10:30, na praia de Icaraí, em frente à Reitoria da UFF. O SEPE-Niterói estará lá e convida a categoria a estar presente e lutar conosco!

Homofobia se combate com educação e criminalização!
 - Aprovação do PLC 122 / 06 sem cortes e vetos!
 - Kit anti-homofobia nas escolas, JÁ!
 - Por uma educação não - heteronormativa!

Esses são os motes da intervenção do SEPE-Niterói na Parada LGBT de Niterói deste ano, 2012. Foram discutidos na primeira reunião da Secretaria de Gênero e Combate à Homofobia do sindicato, realizade nesta última quinta-feira, dia 16/08. A opressão contra os LGBT's (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transsexuais e Transgêneros) é um dos maiores problemas que divide nossa sociedade nos dias de hoje. Um preconceito e uma violência atrozes, que matam e/ou mergulham em sofrimento milhares de seres humanos. O problema é urgente, atinge diretamente o dia-a-dia das escolas e creches públicas, inclusive, e temos que enfrentá-lo de frente. Ser diferente e exercer sua sexualidade com liberdade são direitos fundamentais da humanidade, que devemos defender de maneira irrestrita.

Por isso, o SEPE-Niterói se engaja na luta LGBT, contra a violência e homofobia, a invisibilidade lésbica e a opressão nas escolas e creches (recentemente apelidada de "bullying). Para combater a fundo a opressão e a violência no Brasil, é preciso aprovar o PLC 122 (de 2006) que criminaliza o preconceito e a violência contra os LGBT's, sem cortes que o Congresso Nacional e o governo querem fazer, que mutila e torna inócua a criminalização. Difundir e exercer o preconceito e a violência, como ideologia ou prática, devem ser crimes sim, pois atentam contra a vida humana e a liberdade! Além disso, a criminalização é fundamental, mas não basta: a educação contra a opressão é urgente! Por isso defendemos que nas escolas se discuta a opressão e se eduque contra ela. Que o kit anti-homofobia, vetado por Dilma, venha para a escolas, como conteúdo obrigatório! Por fim, por uma educação não - heteronormativa! A vida é e deve ser plural!

Um convite da:
SEPE LGBT NITERÓI // Secretaria de Gênero e Combate à Homofobia do SEPE-Niterói

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Reunião da Secretaria de Gênero e Combate à Homofobia

O SEPE-Niterói convida a categoria:

- Reunião da Secretaria de Gênero e Combate à Homofobia do SEPE-Niterói.

Pauta:
1 - Organização da Secretaria
2 - Materiais para a Parada LGBT de Niterói (19/08)
3 - Dia da Visibilidade Lésbica (29/08)

A reunião será nesta quinta-feira, 16/08, às 14 horas, na sede do SEPE-Niterói (Av. Amaral Peixoto, n.450, sala 305).

Responsáveis:
Ana Maria Cunha da Cruz - Secretaria de Gênero e Combate à Homofobia do SEPE-Niterói
Danielle Bornia - diretora suplente do SEPE-Niterói
Diogo de Oliveira - Coordenador-geral do SEPE-Niterói.

Contatos:
2622-7762 (SEPE-Niterói)
ou nos comentários desta postagem.

domingo, 12 de agosto de 2012

Canal do SEPE-Niterói no Youtube

Vem aí a TV SEPE-Niterói!

Olá educadora ou educador! O SEPE-Niterói está lançando seu canal de vídeos no Youtube, o primeiro passo para a sua e a nossa TV online. Mais um instrumento de comunicação do seu sindicato com você, colega, e a categoria. E já com um vídeo, da brava luta da comunidade escolar do Instituto de Educação Rangel Pestana, em Nova Iguaçu. Acesse:


Click no link acima e curta!

SEPE-Niterói.

Luta do IERP - Nova Iguaçu - por gestão democrática!


Eleições diretas para a direção das escolas!
Gestão democrática, já!
A luta do IERP - NI e dos educadores do RJ.





O vídeo acima relata a emocionante luta da comunidade escolar do Instituto de Educação Rangel Pestana, em Nova Iguaçu - RJ. Contra a intervenção e ditadura da SEEDUC de Risolia/Cabral, a luta que continua viva e crescerá por eleições diretas para as direções das escolas e por gestão democrática das mesmas.
Desta luta, não nos retiramos! Até à vitória!

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Atividade da Paralisação de 24h de 09/08 - rede estadual em Niterói

DEBATE:
"Financiamento da educação e diminuição da rede estadual do RJ".
Com o prof. Nicolas Davies, da Faculdade de Educação da UFF.

No Salão Nobre do Liceu Nilo Peçanha, quinta-feira, 09/08, as 8h.

Depois: saída do ônibus para a Assembleias as 13h, no Club Municipal, Tijuca, Rio.

Organização: profissionais da educação do Liceu Nilo Peçanha.

domingo, 5 de agosto de 2012

Boletim do SEPE-Niterói - rede estadual n.1


Boletim do SEPE-Niterói - rede estadual - n.1 // Edição fechada em 03/08/12

Contribuição do SEPE-Niterói para a luta da categoria em defesa dos nossos direitos e da educação pública de qualidade para todos e todas. O cartaz da paralisação e atividades de 09/08 está na página "Rede Estadual". Esperamos que gostem!

Para melhor visualizar o boletim, clique nas imagens abaixo. Ou clique com o cursor sobre a imagem com o botão direito e selecione "Salvar imagem como" para baixar as páginas do boletim em seu computador e poder vê-las com zoom.

Direção Colegiadas 2012-2015 - SEPE-Niterói

Página 01
Página 02
Para melhor visualização, clique nas imagens. SEPE-Niterói.
História do Sepe  

Com o direito de sindicalização para o funcionário público, conquistado na nova Constituição, abriu-se uma certa confusão em nossa categoria. Afinal, o antigo Cep é ou não é nosso sindicato de fato? O termo "sindicato" significa a entidade que representa os interesses de uma dada categoria de trabalhadores. Na história do Brasil, no entanto, o Estado procurou, desde Vargas, controlar e domesticar os sindicatos, intervindo na sua vida cotidiana, controlando suas finanças, cassando suas diretorias quando necessário.

Isso não impediu, de qualquer forma, que alguns sindicatos oficiais conseguissem, na prática, uma certa autonomia e representassem de maneira autêntica suas categorias, como o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e outros, inclusive no Rio de Janeiro.

Quanto à proibição de sindicatos oficiais de funcionários públicos, o argumento (fascista) se baseava na pretensa neutralidade das estruturas do Estado: se o Estado não é patrão, se ele não é adversário dos trabalhadores, por que razão os funcionários públicos precisariam de um sindicato? Para protege-los contra quem?

Pois bem, antes mesmo que fôssemos atacados pelas bombas de Moreira Franco, esta argumentação já havia sido completamente desmoralizada e ridicularizada. Durante anos, portanto, os professores públicos possuíram associações que, na prática, se construíram como sindicatos livres da tutela do Estado: este é o caso do Sepe/RJ.

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação se legitimou no dia-a-dia das lutas travadas pelos educadores do Rio de Janeiro. E a sua história revela um pouco dos passos que a categoria deu até conquistar legalmente seu sindicato.

Em 1977 era criada a Sociedade Estadual dos Professores (Sep), que, em 24/07/79. se fundiu com a União dos Professores do Rio de Janeiro (Uperj) e com a Associação dos Professores do Estado do Rio de Janeiro (Aperj), criando o Cep - Centro de Professores do Rio de Janeiro, uma entidade que se tornou referencial de luta e organização dos educadores fluminenses.

O ano de 1979 foi um marco na história do Sepe, quando conseguiu conquistar um piso salarial equivalente a cinco salários mínimos, numa greve considerada histórica para o movimento. Nesse período, o governador Chagas Freitas mandou fechar a entidade, mas não conseguiu calar nossa voz nem frear nossa ação.

Em 1986, novo marco na luta do sindicato. Em greve, 25 mil professores, no Maracanãzinho, conquistaram um plano de carreira que regulamentava o enquadramento por formação, progressão e controle, pela categoria, da aplicabilidade do plano. Em razão da exclusão dos aposentados nesse plano, surgiu a primeira comissão de aposentados do Sepe que, junto à direção do sindicato, ampliou a luta e conseguiu, em 1987, a almejada paridade.

Em 1987, depois de várias discussões em anos anteriores, foi aprovada, no dia 30 de outubro, no terceiro congresso da entidade – a ampliação do quadro de sócios, incluindo os demais profissionais de educação que não eram professores. A entidade passou a se chamar, então, Cepe – Centro Estadual dos Profissionais de Educação. O novo Cepe, já em 1988, dirigiu a primeira greve conjunta do magistério e dos funcionários administrativos no Rio.

A partir de cinco de outubro de 1988, com a nova Constituição Federal, os funcionários públicos passaram a ter direito à sindicalização.

O então ainda Cepe realiza, em dezembro de 1988, sua primeira Conferência de Educação, aprovando, a partir desta data, chamar-se Sepe – sindicato Estadual dos Profissionais de Educação, decisão esta referendada no IV Congresso, em 1989. Hoje, possui todos os documentos necessários ao reconhecimento do seu caráter sindical.

E a categoria tem reafirmado, no seu dia-a-dia, que este é o seu sindicato.